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Can you keep a secret??

Can you keep a secret??: dezembro 2019

Can you keep a secret??

Blog da jornalista, coordenadora e voluntaria ERIKA YAMAUTI. Em pauta, livros, filmes, impressoes, relatos e reflexoes leves sobre a vida, com muita energia positiva!!

terça-feira, dezembro 10, 2019

Faça o bem pra você também!


Olha a crença limitante haha! Quando eu era mais nova, achava que seria tipo uma madre Teresa, que a minha vida seria ajudar os outros. Eu também achava que não encontraria amor verdadeiro, e que a prosperidade não viria pra mim! 😖
Graças a Deus, consegui enxergar com clareza uma verdade: para ajudar alguém, primeiro preciso estar bem! E outra coisa, que quanto melhor eu estiver, mais gente poderei ajudar! ❤️❤️❤️
Conheci uma pessoa que largou o trabalho por dois meses pra ajudar um evento. Eu disse pra essa pessoa que para ajudar alguém, primeiro você precisa estar bem! Deus não quer ver a gente sem emprego, sem dinheiro, sem saúde e sem relacionamentos, só para fazer trabalho voluntário!
Muito pelo contrário! Faça para VOCÊ o mesmo bem que você faz para os outros! Ame-se com TODO amor e carinho que você dedica aos outros! Seja gentil com você, da mesma maneira que você faria com um amigo querido! Seja seu melhor amigo, seja bom para os outros, e melhor ainda pra você!

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terça-feira, agosto 27, 2019

Um começo de dia estranho

Deus sabe que eu tenho feito muita coisa na vida, menos escrever aqui no blog (rsrsrs). Mas hoje precisei escrever, pois fiquei mexida com uma coisa. Tinha acordado cedo, tomei meu chá, me arrumei e fui para a aula de Kumon. Friozinho gostoso, um pouquinho de sol. Na frente do prédio, uma moça estava agachada no chao, lavando o rosto dela com a água suja.

Ela devia ter mais ou menos a minha idade, estava com uma roupa preta. Pegando a água marrom do chão. Daí eu pensei: "que mundo é esse, em que eu tenho condições de estudar matematica como hobby, e uma pessoa precisa pegar água da rua para lavar o rosto??". E também me peguei pensando, onde ela poderia usar uma torneira para lavar o rosto? No predio do Kumon, certamente nao, pois ninguem olhou ela com muita simpatia. A gente nao tem torneira para as pessoas que moram na rua lavar o rosto ou escovar os dentes!

O mundo está acabando, a cada dia vejo menos condições de melhoria, se o Brasil não investir em educação e cultura, me sinto beeeeeeeeeeeeeeeem desanimada sobre o futuro do pais nesses ultimos dias. A injustiça social que vemos todos os dias é muito doída (e doida), e sinceramente, nao sei se meu trabalho de alguma forma vai ajudar essas pessoas que estão na rua, ou que estão sofrendo horrores em todos os cantos desse mundo. Então foi um dia estranho, em que me peguei pensando nisso, mais do que nos cálculos. Espero que a situação daquela moça melhore. E vamos rezar para um futuro melhor para todos, né? Bjs.

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quarta-feira, março 06, 2019

Quanto tempo nos resta?


Estive esses dias em uma festinha de família, com muitos, muitos nenês lindos! A alegria de ter crianças em casa é maravilhosa, uma energia tão boa, tão gostosa, qualquer festa fica melhor com crianças correndo, pulando e fazendo bagunça! Vejo minhas amigas e amigos com filhinhos e fico super feliz por eles. Se tem algo que eu não consegui realizar na minha vida, infelizmente, foi ter filhos.

Tive oportunidades, mas sempre achava que não era a hora, não era o momento. E o tempo foi passando. Estava em relacionamento ruim, e pensava, "putz, não posso ter filho com esse cara". Então tomava injeção de anticoncepcional super forte, tinha neura de engravidar. Se estava solteira, pensava: "como posso ter filhos sem um pai"?

Lembro de um cara que eu saía, que falava um português muito, muito errado (hahahahaha) e eu realmente não consegui levar o relacionamento em frente, porque não aguentava as falhas de concordância verbal e nominal e a falta de conexão intelectual. Eu sei, é até futil pensar assim, e não era pra ser, mas ele queria casar e ter filhos. Então, eu desconfiei um dia de um descuido, tive um feeling... e...tomei pilula do dia seguinte correndo. Se acontecesse isso hoje comigo, se eu estivesse de novo naquele dia, naquele momento, com a cabeça que tenho hoje, acho que não teria tomado.

Poxa, eu teria todo apoio da minha família, todas as condições de criar um filho sozinha, mesmo que não tivesse apoio do pai. Eu me machuquei e me afligi muito com um monte de crenças autolimitantes e padrões autoimpostos do que deve ou não ser uma maternidade, e acabei sem ter filhos, algo que eu queria muito na minha vida, e que agora, refletindo muito, achei melhor desistir...

Recentemente, achei mesmo que fosse largar um pouco o trabalho, e abraçar o sonho de mudar minha vida, casar, ter filhos. Sonhei muito, sonhei alto...e acabou que no final, o relacionamento terminou e com ele, foi embora aquela certeza que eu tinha, que daria certo. Na época, fui fazer as consultas para tratamento médico, tomei remédios caros, e meu caso já estava meio complicado, precisaria fazer fertilização in vitro, um processo doloroso, traumático, que te coloca um monte de remédios e hormônios no organismo e tira você do seu estado normal.

Lógico que a AMP (atitude mental positiva) contribuiria, mas na verdade, o que pesa mesmo nesse processo é a biologia, e é simplesmente natural que uma mulher de mais de 40 anos tenha menos fertilidade que aos 30 anos. O meu namorado atual é um amor, um homem maravilhoso, mas ele não tem vontade de ter mais filhos. E depois do tapa de realidade que eu tive ano passado, percebi que não tenho mais dentro de mim o feeling de "certeza" de que esse tratamento, super caro e doloroso, daria certo. Então resolvi deixar pra lá, viver minha vida com felicidade, da maneira como ela vem pra mim.

Se você é uma mulher e está lendo esse texto, pense se você quer ter filhos (se não quiser, é super normal, não se preocupe). Se quiser ter babies seus, tente fazer isso por volta dos 30 anos, ou então, deixe seus óvulos congelados antes dos 35 anos. Dessa maneira, pelo menos, você pode tomar a decisão mais tarde. Mas não faça como eu, que fui deixando o tempo passar, e quando vi, já não me restava tanto tempo...a gente nunca sabe o quanto de tempo nos resta. Aproveite bem o seu tempo! Bjs!

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sábado, março 02, 2019

Média desponderada

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Nessa semana, o Seinen Bunkyo comemorou 22 anos, e pra mim, é uma honra verdadeira, pois foi no SB que aprendi muita coisa que pratico ainda hoje, diariamente. Se eu sou uma pessoa melhor, foi por causa de tudo que aprendi no Seinen. Tenho um coração generoso, inteligência emocional super acima da média, liderança inspiradora e sou de fato, a melhor Erika Yamauti que posso ser todos os dias.

Pessoalmente, me considero uma pessoa sempre positiva, mas tem dias que são mais dificeis. Ontem fiz a besteira de ler comentários na internet sobre a morte do netinho do Lula. E isso realmente estragou o finzinho do meu dia, ali o restinho da minha energia foi toda drenada, me senti no fundo de um poço cheio de ódio, injustiça e desumanidade.

Fui pra aula de shamisen com um desconforto, uma vontade de vomitar, de fugir do Brasil e nunca mais voltar pra cá. Como podem seres humanos, viventes e pensantes, dispararem palavras de ódio por ocasião da tragédia que é a morte de uma criança de 7 aninhos? Dizerem que é castigo de Deus? Que a família está tendo o que merece? Que um avô não tem o direito de se despedir de um netinho? É para essas pessoas que a gente trabalha tanto, tentando levar uma coisa boa da cultura japonesa?

Eu sei que o que a gente foca, amplificamos. E que não deveria me focar nessa parte do mal, da perfídia, da calamidade e da loucura cega do ódio. Mas é algo que me preocupa. De que adianta ser ponderada, ser justa, ser correta e honesta, num país que caminha a passos largos para a barbárie? Será que existe esperança para o Brasil? Muitos dias, me questiono isso. Muitos dias, sinto vontade de desistir e ir embora.

O ódio e a violência gratuita nesse país me assustam muito, pois vejo piora a cada dia. Com as mídias sociais e esse governo desgovernado, os imbecis parecem ter recebido permissão para colocar suas opiniões horríveis no mundo. Sou a favor da liberdade de discurso, mas o que preocupa é que essa imbecilidade tem reverberado, e encontrado mais aliados a cada dia. Eu sei que é falta de educação básica. Eu sei que as pessoas que não são felizes se concentram no ódio. Eu sei que existe esperança. Mas tem dias que são mais dificeis. Como hoje. Nota mental: Erika, nunca mais leia comentários da Internet, por favor. Bjs.

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quinta-feira, fevereiro 28, 2019

Faixa de pedestres


Esses dias assisti uma palestra bacana sobre uma parceria da província de Shimane com o Brasil. O palestrante falou que uma escola nova, novinha, que é entregue pelo governo, em poucos anos está destruída, por conta do mau hábito do brasileiro, de simplesmente destruir o que é de uso comum. Isso é falta de civilidade e de educação básica.

E daí ele falou do "mottainai" que está em nossa cabeça desde que somos fetos, já virou algo tão inconsciente e automático, que quando a gente temos aquele monte de lixo dentro de casa, ficamos com aquela sensação de ouvir a batian falando "motttaaaaaiiinaaaaai" e no fim, nao jogamos nada fora. E vivemos empilhados em meio às tralhas e bagunças.

Tenho tido muitas reuniões externas e reparei outra coisa. Faixa de pedestres. Eu sou a única pessoa que conheço que respeita o sinal de pedestres, e procuro sempre atravessar na faixa, quando está verde pra mim. E daí as pessoas ao redor devem me achar idiota né, esperando o sinal fechar pra atravessar a rua. Mas é algo que eu aprendi no Japão e que até hoje, eu pratico. Tem um motivo pra existir a faixa de pedestres, e o sinal também. E acredito que deve ser respeitado.

Eu só vou atravessar fora da faixa e quando o farol está aberto pros carros em algumas poucas situações:

1) quando o farol ou sinal está quebrado
2) quando não tem o tempo de pedestres no sinal
3) quando estou com alguém que atravessa em qualquer lugar e não espera o sinal fechar

Pra ter uma ideia de como eu sou meio ingênua com essas coisas, esses dias investi uns 15 minutos ligando pra CET pra falar que aqui no semáforo da Rua Galvão Bueno com a Rua São Joaquim, não tem o sinal verde pro pedestre atravessar a rua. Receberam a minha solicitação, mas até hoje...nada. E quando a própria polícia e autoridades não respeitam as leis de trânsito básicas...como esperar que o cidadão comum respeite? Mas continuo a atravessar na faixa, pelo menos quando estou sozinha. Bjs.

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segunda-feira, fevereiro 25, 2019

Estamos em que ano mesmo?

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Ontem fui num evento super lindo e conversava com a minha amiga. Ela me chamou atenção para o comentário específico de uma xará minha, no Facebook, sobre a "barriga de fora" de uma menina, em uma foto do evento que tivemos semana passada. Fui conferir, e realmente está lá, para o mundo todo, a opinião da xará sobre o vestido de outra moça.

Fico pensando que mundo é esse, em que uma pessoa considera que a sua opinião é tão importante, tão essencial, a ponto de se manifestar de forma enfática, publicamente, sobre a vida de um perfeito desconhecido. Já pensou se essa menina do vestido "ousado" entrar no facebook toda feliz e deparar-se com esse comentário tão infeliz? Quem pediu a sua opinião, querida xará? Cada pessoa usa a roupa que quiser, ainda mais se não foi especificado o traje oficial do evento. Eu olhei in loco e não vi nada de mais. A unica coisa que eu pensei foi "ainda bem que não vim de vermelho". hahahahaha...

Eu geralmente só faço comentários positivos, porque acredito mesmo que gentileza gera gentileza. Pratico o principio da "fofoca reversa", que é falar bem das pessoas, na frente e pelas costas. E se é pra falar mal, melhor calar. Aliás, se você quer criticar alguma coisa que demora mais do que 5 minutos pra consertar, não comente. Deixe quieto, que ninguém precisa ouvir sua crítica. Não fará bem algum ao mundo. Ultimamente, tenho praticado ainda mais a sororidade, que é apoiar outras mulheres - coisa dificil, ainda mais vivendo no meio machista em que convivo diariamente.

Afinal, se a gente não pode se apoiar, pelo menos nao vamos nos esculachar publicamente, né. Espero que a moça de vermelho nem veja o comentário lá no post do facebook, e que a vida dela siga sempre cada vez melhor e que ela participe de mais e mais eventos do Consulado. Quanto a minha xará, deixa ela com os preconceitos e a visão de mundo quadradinha dela. Pois temos mais coisas importantes e projetos lindos pra encaminhar! Bjs!

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sábado, fevereiro 23, 2019

Mudando opinião para melhor

Foto: Jiro Mochizuki

Dizem que somos mudança, somos mutantes. Tem vezes em que a nossa opinião pré-formada sobre as pessoas e coisas do mundo (=preconceito) acaba prejudicando muito o nosso entendimento.

Eu fui para o evento achando que o Kim Kataguiri era um menino meio maluco, tanto que evitei esse encontro em ocasiões recentes. Continuo achando ele meio doido (se for pensar, eu também sou - somos todos) - mas entendi um pouco melhor as motivações que o inspiram, e a minha má impressão (sem fundamento) foi desfeita.

Afinal, ele tem direito de ter as opiniões dele, e eu, as minhas. Quem somos nós pra julgar o outro? Respeito o direito dele de buscar as coisas nas quais ele acredita, da forma que ele consegue alcance junto ao público. E afinal, termos um nikkei de 23 anos como um dos deputados mais votados do Brasil, de certa forma, é excepcional mesmo. Desejo que ele tenha muito sucesso nesse caminho que começa agora!

O evento foi muito bom para fazer networking com pessoas que desenvolvem trabalhos lindos, como o ator nikkei que é palhaço, e a Turma da Monica desembarcando no Japão! É uma oportunidade para rever amigos queridos, ter mais contato com o governo japonês e conhecer mais pessoas que podem fazer a diferença no nosso caminho, e sou muito grata por ser abençoada com essas possibilidades! E ainda pude rever conceitos. Gambarimashou!

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sexta-feira, fevereiro 22, 2019

Encontros e desencontros

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Eu terminei um namoro no ano passado e a minha vida seguiu em frente. Sofri muito para entender porque tudo aquilo aconteceu conosco. Foram muitos sonhos, muitas esperanças e inúmeras lições. Nesse relacionamento, eu sinto que finalmente entendi como buscar a minha alquimia pessoal, entendi o que é um relacionamento saudável e o que eu desejo viver ao lado de uma outra alma humana. Toquei minha vida pra frente, ele também.

O engraçado é que a mãe dele me ama muito! hahahaha...

Ela estava muito sozinha, pois o marido faleceu de repente, depois de uma doença super triste e sofrida. Então eu, com esse meu jeito super positivo e delicado, fui lá fazer companhia. Levei pra jantar, conversei muito pelo telefone, cheguei a dormir na casa dela para ela se sentir na companhia de alguém. E isso depois do término do meu namoro! (Eu faço coisas que às vezes, até mesmo eu me surpreendo, mas anyway, estava querendo realmente ajudar).

A vida passa rápido né, e eu tenho muita coisa pra fazer, então fui me distanciando. Mas vira e mexe, a mãe do ex me manda mensagens querendo puxar papo. Eu respondo, porque sei que ela só precisa de alguém que queira escutá-la. Já passei contatos de amigas minhas, psicologas, mas ela gosta de conversar comigo...fazer o quê??

Na ultima vez que falamos, ela disse que queria me apresentar um sobrinho dela...kkkk...na hora eu fiquei meio sem reação, disse que nao precisa né, porque eu estou namorando. Mas fiquei pensando nisso. Ela gosta tanto de mim que quer me apresentar alguém da familia dela, só pra me ter por perto. Se isso nao é carinho, o que é?? Então nao fiquei brava com ela, mas recusei educadamente a oferta de omiai. E vida que segue, cada um com seu caminho. Bjs.


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