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Can you keep a secret??

Can you keep a secret??: novembro 2012

Can you keep a secret??

Blog da jornalista, coordenadora e voluntaria ERIKA YAMAUTI. Em pauta, livros, filmes, impressoes, relatos e reflexoes leves sobre a vida, com muita energia positiva!!

quinta-feira, novembro 29, 2012

Voce tocaria o sino?

O sr. S me deu esse livro, "Para Além da Terra Desolada sem Fim" - 11 de Março - 24 poemas e fotografias sobre a vida e o mundo após o grande terremoto seguido de tsunami ocorrido no leste do Japão em 11 de março de 2011, de Keiko Takahashi, com tradução do Masato Ninomiya.

O tsunami em março de 2011 mexeu muito comigo e com todos que trabalharam aqui no Brasil nos diversos eventos e campanhas, tentando levar nosso sentimento e fazer algo pelas pessoas que sofriam do outro lado do mundo. Chorei e me emocionei muito. Com certeza é um livro que vale a pena ler. Tem um lado poético, triste e melancólico, mas ao mesmo tempo, de muita esperança.

A autora fala sobre como as pessoas devem ter se sentido aterrorizadas e inseguras no momento em que o desastre acontecia. O pavor, o medo, o fim. Cada uma dessas pessoas tinha uma história preciosa de vida, amor, sonhos. A obra relata a dor dos que se foram, mas também o sofrimento e a angústia de quem permanece lá, que é misturada ao sentimento de reconstrução, de "gamman" (aguentar o sofrimento), tão tipico do povo japonês.

"Nessa terra desolada, que de súbito surgiu,
foram deixadas
numerosas pegadas
das almas de nomes desconhecidos

Nos sentimentos sedimentados
em diversas camadas
encontram-se gravadas
as incontáveis lamentações.

O que elas vislumbraram,
e o que desejaram?
O que tiveram de desistir
e do que se arrependeram?"

Ela conta a história do sr. Koshida, líder voluntário da brigada de incêndio da vila de Otsushi, distrito de Ando-Akahama. O sr. Koshida mandou seu colega, sr. Hiuchi, tocar a sirene do posto da brigada, para alertar todos os moradores da vila sobre a iminência do tsunami, ou seja, todos deviam sair de suas casas e buscar lugares mais altos. Só que depois do terremoto, a cidade estava sem luz, e o alarme não funcionava. O que fazer?

O sr. Koshida então ordenou que o sr. Hiuchi e todos os companheiros da brigada ajudassem a evacuar os moradores para as montanhas. E ele pegou o sino de incêndio, que normalmente nao era utilizado, e foi para a torre e ficou lá observando o mar e tocando o sino, para que as pessoas soubessem que deviam sair de casa. O repicar do sino ecoou por toda vila. O sr. Hiuchi disse que era um som triste. Os moradores foram para lugares mais altos e estavam protegidos. O tsunami chegou meia hora depois do terremoto. O sino só parou de tocar no momento em que o tsunami varreu a cidade. O sr. Koshida nunca mais foi visto.

Também há relatos de pessoas que se atiraram na correnteza de lama para tentar salvar pessoas sendo levadas pelo tsunami. Funcionários de prefeituras que ficaram no local para prestar socorro para quem precisava. O sr. Koshida deve ter visto a onda se aproximar, e mesmo assim, foi corajoso e permaneceu lá tocando o sino, para alertar e salvar os moradores da vila.

O que leva o ser humano a ser capaz de se sacrificar pelos outros? Porque cada uma dessas pessoas tinham a própria vida e a própria familia para resguardar e proteger, mas não quiseram deixar de estender a mão para quem precisava, colocando suas próprias vidas em perigo. Isso pra mim mostra que a gente não pode perder a fé na humanidade. Isso me dá esperança e força por estar viva nesse momento.

Porque a mesma espécie humana que mata por um par de tênis é capaz de sacrificar sua própria vida por um desconhecido. Temos esse algo indecifrável, que transcende a compreensão humana: todos nós possuimos essa luz, essa alma verdadeira. E na vida, devemos buscar nossa luz, revelar o potencial da nossa alma e ajudar a humanidade.

"Felicidade sem preocupação.
Sucesso sem fracassos.
Realização sem adversidades.
Paz sem angústia.

Ainda que se busque tanto,
tudo isso
não passa de ilusão.

Todas as vidas 
carregam inúmeras dores
e enfrentam provações
desconhecendo suas causas

Há vozes que só se ouvem,
e verdades que só são enxergadas,
em meio a essa dor

A luz brilha justamente no meio das trevas
O homem aprofunda o próprio ser
através das suas dores."

Essa semana meu tio faleceu de repente. Teve 4 paradas cardíacas de um dia pro outro. Num dia estava vivo, no outro morreu, no dia seguinte foi enterrado. E ele não aproveitava nada da vida. Me fez parar pra pensar e refletir, "afinal, o que levamos da vida"? Dinheiro, casa, carro, roupa? Não, nada disso. O que levamos da vida é a nossa própria vida, nossa história. Eu quero ser uma pessoa que não hesitaria em tocar o sino, como o sr. Koshida, que deve estar no céu e com certeza salvou muitas vidas naquele triste dia. Bjs.

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segunda-feira, novembro 26, 2012

Argofuckyourself!!

Fui assistir Argo num cinema muuuuuuuuuuuito chique (e caríssimo) no Shopping JK, o Cinépolis. As poltronas são de couro, confortaveis, reclináveis e pra ter ideia do nivel rico do lugar, dá pra pedir sushi boat enquanto voce está assistindo o filme. Ou seja, é uma experiencia super hiper vip (e no meu caso, provavelmente única haha).

O filme (baseado em história real) se passa em 1979, no Irã, e conta a história de um grupo de 6 diplomatas americanos que estão refugiados na casa do embaixador canadense, por meses e meses. Mas a situação é muito arriscada e eles precisam ser resgatados rapidamente, daí entra o personagem do Ben Affleck, que é o Tony Mendez, que inventa um filme de Hollywood para poder resgatar esses diplomatas. 

Ele conta com a ajuda do maquiador Michael Chambers e do produtor Lester Siegel pra criar o filme falso, que é uma ficção cientifica chamada Argo. E o Mendez vai para o Irã nessa missão praticamente suicida, muito perigosa, sendo a única chance para resgatar essas seis pessoas. 

Além do filme ser muito interessante, ele tem ritmo, é inteligente e coloca várias questões morais para refletir. Em determinado momento, o Mendez é proibido de continuar sua missão. Ele recebe ordens para abandonar as pessoas que prometeu proteger. Só que aí ele reflete sobre a responsabilidade dele com essas pessoas. E arrisca, sabendo de tudo que pode dar errado, porque ele se comprometeu com essas pessoas, que acreditaram nele. 

Enfim, teria sido muito fácil para ele cumprir sua obrigação, resignar-se, fazer as malas e ir embora, e é algo que muitas pessoas fariam, considerando o risco suicida e louco dessa missão. Ele tem família, ele tem um filho que ele ama, mas aquelas pessoas dependem dele naquele momento. A questão que o Ben Affleck coloca no filme é a nossa responsabilidade pessoal, o poder das nossas próprias escolhas. Essa é a principal força das pessoas que fazem a diferença no mundo, que movem esse mundo pra frente. Bjs! 

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domingo, novembro 25, 2012

With a little help from my friends

Tem algo que preciso confessar: eu sou uma pessoa que nao gosta de pedir ajuda. Sou muito, muito, muito orgulhosa. Esse é um dos meus defeitos, junto com a preguiça e o excesso de confiança nas pessoas. Sempre vou procurar resolver meus problemas sozinha, sem incomodar ninguém. Alias, se eu te incomodar e pedir ajuda, é porque realmente já tentei algumas vezes e nao consegui resolver sozinha hahaha....

O mais engraçado é que sinto que as pessoas gostam de me ajudar. Acho que porque eu gosto de ajudar os outros, o universo me coloca numa vibe assim, em que a ajuda aparece dos lugares e das pessoas menos prováveis. Tipo um karma do bem. Por exemplo, tem um projeto que eu estava quebrando a cabeça, perdendo o sono, me esforçando ao máximo e obtendo resultados pífios.

Tive uma reunião com o moço, fui bastante sincera ao dizer que estava tendo dificuldades. Ele simplesmente pegou o que ele tinha, colocou no meu pen drive, e com isso, "meus problemas acabaram" hahaha e ele disse que ainda vai melhorar mais o arquivo, só pra ajudar mais. Puxa vida! Conquistei mais um aliado rsrsrsr.

Alias, acho que nesse ponto eu realmente tenho uma habilidade que é diferenciada, de construir equipes, formar uma rede de pessoas que colaboram entre si, inspirar os corações das pessoas. Lógico, isso é resultado direto de todo treinamento que tive no seinen. A gente acaba enxergando coisas que passam despercebidas para outras pessoas. Nao sou uma lider perfeita, Deus sabe o quanto eu erro, mas sempre que eu erro, é tentando acertar.

De qualquer maneira, continuo não gostando de pedir ajuda, tenho essa crença distorcida de que sou uma pessoa verdadeiramente auto-suficiente, mas agora quando preciso, nao reluto mais. Afinal, eu estou no meu direito de solicitar ajuda, e a pessoa está no direito de aceitar ou recusar. Eu não sei tudo sobre o mundo e nao tenho condições de saber tudo, por isso reconheço humildemente que ainda preciso aprender muito mais. Conto com meus amigos e amigas pra me ensinarem quando preciso! Bjs.

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Um Alguem Apaixonado - ODIEI!

Fui assistir esse filme no Reserva Cultural porque obviamente, trabalho com cultura japonesa, e por isso, preciso acompanhar o panorama cultural japonês na medida do possível.

O começo do filme nao é assim tão ruim, mas depois ele vai piorando, desandando, se perdendo, até chegar no final mais ridículo que eu já vi. Sério, de todos os filmes, foi o mais ridiculo. Se bem que pelo menos, serviu para treinar o meu nihongo. hahaha...

Na historia, a Akiko é uma garota de programa que vai na casa de um velhinho, e no dia seguinte os dois vao para a faculdade dela, e lá eles encontram o namorado psico da moça. Basicamente é esse o enredo. Muito besta, preguiçoso e mal conduzido.

O principal problema, na minha modesta opiniao, enquanto nao-especialista em cinema, é que o diretor Abbas Kiarostami é iraniano. Ou seja, ele nao conhece a cultura japonesa nem a sociedade japonesa. Como transmitir uma verdade que você nao conhece, nao estudou e nao compreende? Por isso o filme é muito raso, nao te atinge, nao te convence, nao encanta. É um filme com roteiro preguiçoso, unilateral, que se prende aos estereótipos, enfim, um programa que eu nao recomendo. Existem filmes japoneses muito melhores que esse! Bjs.

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sexta-feira, novembro 23, 2012

Sentimentos mais do que comuns

Meridianos Paralelos
Estou aqui na sala, como uma observadora anônima, escutando duas meninas falando sobre suas vidinhas tranquilas de cursinho. Tranquilas porque elas nao sabem o que as espera depois da faculdade hahaha. 

Tadinha, uma delas está muito, muito deprimida, falando que a vida dela não tem sentido, que ela só quer dormir e acordar no dia seguinte e sentir que a vida melhorou. Mas infelizmente, nao vai melhorar, Sayuri (*). Nao assim, enquanto você continuar a viver assim, e principalmente, a pensar assim, sua vida nao vai mudar. Primeiro, você tem que mudar. E vai ter que trabalhar pra isso. No pain, no gain.

Pior é que eu me identifico muito com a Sayuri. Ela está dizendo que vê as outras pessoas como estrelinhas brilhando e ela como tela preta. Que ela nao vê sentido nas coisas que faz. E eu também quando era adolescente, era totalmente perdida na vida. Poderia ter me perdido pra muito mais longe e nao encontrar o caminho de volta! Ainda passei muitos anos perdida, até me encontrar. Porque nao existe ninguém que vai te dar a direção, você mesmo tem que encontrar seu caminho. As pessoas podem te ajudar, mas quem vai decidir o caminho é você.

Eu gostaria de fazer alguma coisa pelas pessoas como a Sayuri, porque sei que tem muita gente se sentindo perdida por aí, e agora que me encontrei de verdade, posso ajudar outras pessoas a se encontrarem também (sei que parece falta de humildade escrever isso, mas realmente acredito que posso ajudar alguem. Como no filme "A Lista de Schindler", o importante é ajudar alguém. Qualquer pessoa. Uma vida. Qualquer vida).

Penso por ex nos ex-dekaseguis, que voltam ao Brasil sem saber o que fazer, ou nos filhos desses dekaseguis, que nao sabem se sao japoneses ou brasileiros. É tanta coisa para refletir nessa vida, né? Quero mesmo ajudar essas pessoas, tenho alguns projetos, o que me falta é tempo pra implementar todos os meus sonhos. Deus me ajuda please? Por enquanto, vou ajudando quem cruza meu caminho distraidamente. Bjs!

(*) o nome da menina nao importa, né, pq acho que esse sentimento de solidao e falta de sentido na vida, muitas pessoas estão sentindo no mundo nesse instante. Eu senti, você também sentiu. Talvez ainda sinta. Enfim, todos sentimos isso em algum momento da vida. Aliás, Sayuri, desculpe por ter escutado sua conversa sem sua permissão. Desejo que você se sinta melhor e estou torcendo por você de coração.

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quinta-feira, novembro 22, 2012

Um verdadeiro gentleman

A definição verdadeira de um gentleman que nao esta nos dicionários: o verdadeiro cavalheiro é capaz de matar uma barata sem pestanejar, pra donzela nao sair correndo do restaurante!! Hahaha. Serio, acho que as baratas estão me perseguindo, porque estava tomando café com o R. e de repente, vejo uma barata no canto do restaurante.

Acho que o bicho, apesar de nao ter cérebro, deve sentir instintivamente o pavor das pessoas, porque acredita que num salão enoooooooorme, a barata veio logo pra nossa mesa? O R. tava no telefone, mas percebeu meu...hummm....panico, e "PÁ!!", matou a barata sem hesitar. Hahaha. Obrigada, R. porque eu realmente teria um chilique em publico se a barata alcançasse o meu lado da mesa!

Outra demonstração irrefutavel de que ainda existem homens super gentis. O F. quebrou o hashi pra mim, colocou na minha frente, colocou shoyu no potinho, separou wasabi pra mim...ou seja, muito muito muito gentil. E ele fica servindo agua ou suco no meu copo, e é super atencioso comigo. Enfim, sou uma moça de sorte né! Tenho a companhia de queridos gentlemen no meu dia a dia! Bjs.

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quarta-feira, novembro 21, 2012

Ovelhinhas teleguiadas

Uma guerra iminente em Israel. Policiais morrendo e matando. Crise econômica no mundo todo. E a Veja dessa semana estampa na capa a porcaria da moça que vendeu a virgindade, o que além de ser uma noticia idiota, é uma noticia velha, porque o hype em torno dessa idiotice já passou faz um mês mais ou menos - o que é uma eternidade em termos de Internet.

As vezes eu tenho vergonha de dizer que sou jornalista, porque tem momentos que sinto muito desgosto ao olhar o trabalho dos meus colegas de profissão. Isso em geral, não apenas falando da revista Veja, que sempre foi a revista mais "sem noção" das coisas. De qualquer maneira, a publicação mais lida do país deveria ter mais responsabilidade nas capas que decide estampar, porque cada capa mostra uma posição política, ética e social da publicação.

Por isso mesmo, acho um absurdo dar publicidade gratuita pra esse assunto tão vazio e supérfluo, e não falar de tanta coisa que está acontecendo no Brasil e no mundo. Nesse momento, crianças e jovens estão morrendo na periferia de São Paulo, e todos os dias de manhã os jornalistas vem reportar na TV: "hoje foram 3 baleados e 2 mortos no bairro tal, tal e tal, houve chacina no bairro tal". O que é isso?? Estamos vivendo num mundo bizarro?? São crianças, são jovens, são adultos, são seres humanos!! Cadê a indignação das pessoas??

Estão tentando banalizar essa onda de crimes que vem acontecendo, sem refletir, sem contra-argumentar, sem questionar a versão oficial, tentando fazer com que todos se resignem com a situação absurda em que nos encontramos. O jornalismo é questionamento. O jornalista deveria levantar questões, pesquisar dados e possibilitar que o publico chegue a suas próprias conclusões. Porque hoje o que temos é uma massa de ovelhinhas teleguiadas. Quem comanda as ovelhinhas? Eu posso ser muita coisa, mas não sou uma ovelhinha resignada. Bjs.

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terça-feira, novembro 20, 2012

Quebrando tudo ate o ultimo pedacinho!!

caracteres com espaço
Com o tempo, fui descobrindo que somatizo algumas coisas. Todos nós fazemos isso mesmo sem perceber. Você vai aturando as intempéries da vida, sendo paciente, meditando, perdoando, respirando, contando até 10, se acalmando. Mas tem horas em que o sangue sobe, afinal, sou uma pessoa calma mas não sou uma monge zen. Nessas horas eu somatizo.

Estava muito tensa por causa de toda situação com meu ex cliente, pelas coisas que ele estava fazendo com pessoas que gosto, e também as sacanagens comigo, e por tudo que estava acontecendo na vida, mais outros serviços e jobs que invariavelmente acabam indo e voltando pra minha mão porque às vezes, parece que somente eu resolvo as coisas nessa terrinha de Deus.

Nessa semana, juro, eu que sou uma pessoa calma, estava querendo quebrar tudo! Jogar coisas no chão, gritar, fazer escândalo, mandar catar coquinho, mandar tudo praquele lugar! E acabei quebrando mesmo, só que meu estresse voltou-se contra mim mesma: Quebrei meu dente!! De novo. Fala serio!

Tava atrasada pra reunião super importante logo de manha, nao tinha comido nada, tinha gente ligando no meu celular e abri rapidinho o chocolate que estava na minha bolsa (sinal de estresse : carregar guloseimas na bolsa hahaha) e mordi. Quando fui ver, tinha algo estranho no meu chocolate: tinha um pedaço de dente! E logo percebi que era meu dente! Pensei: "AIMEUDEUS de novo naaaaaaaaaoooo!"...

Liguei chorando na minha dentista, falando que era tudo culpa do chocolate hahaha e pedindo pra ela me atender "por favor por favor por favor". Comovida com meus apelos e choramingos (eu sei apelar muito bem quando preciso), ela me atendeu no dia seguinte pra ver quão ruim estava minha situação. E já foi começando: "que falta de sorte hein Erika?".

Pra quem nao sabe, quebrei um dente no ano passado (culpa do sembei) e no ano retrasado (culpa da maçã). Quer dizer, a Dra. S. explicou claramente que nao é culpa do chocolate, nem do sembei, muito menos da pobre maçã. A culpa, no caso, é desta que vos escreve mesmo. Eu devia estar mordendo e mastigando com tanta força, tanta ira, tanta raiva nos últimos dias, que acabei forçando e fraturando a parede do meu dentinho, que caiu desolado, sem poder se defender e sem ter culpa de nada!

Ou seja, no final, a raiva que estava sentindo causou prejuízo$ na minha combalida situação financeira, e agora tenho que ir no dentista semanalmente por uns tempos até consertar meu lindo dentinho. Isso é pra aprender a nao somatizar, Srta. Erika! Teria sido muito mais barato e divertido ter comprado um saco de pancada. Fala sério, ninguem merece! Bjs.

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segunda-feira, novembro 19, 2012

Erika passeando muito!

Yumi Na Mesa
Nos últimos tempos tenho ido em lugares super chiques, to super passeadeira. Fui jantar no restaurante Kosushi no Itaim (muito bom, mas nada excepcional), e no PingPong, que serve porcoes de dim sum (foto), que sao pequenas porções de comida chinesa, muito bom, comida deliciosa (e cariiiiiiiisssima, ainda bem que eu fui convidada).

Fui também conhecer a casa de chá Khan el Kallili com dança do ventre, super sensual e divertido, mas a comida é péssima, sem gosto, cara, horrível mesmo, sao uns paozinhos com patê horrorosos, o pior chá que ja provei na vida (acúcar puro!!), ou seja, vale só pelo show de dança, porque de resto, nao foi legal. 

Ah, fui tambem no Bixiga almoçar na cantina C...queSabe, comi spaguetti com vongole hummmmmm uma deliciosa refeição e ótima companhia! E também nunca tinha ido no Izakaya Issa, achei super legal o ambiente, a comida gostosa, o papo muito bom e o atendimento super atencioso e carinhoso. Gostei mesmo do lugar e especialmente da companhia! Tambem fui no Fifties comer hamburguer de costelinha....hummmmmm....Bjs...

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domingo, novembro 18, 2012

Assistindo 007, 002 vezes

Pois é...gostei tanto do filme do novo 007 que acabei assistindo duas vezes. Serio, é muito bom, tem passagens emocionantes, uma bond girl linda e James Bond irônico e mais humano. E o vilão do Javier Bardem é inesquecível. A história dos ratinhos, vou lembrar sempre. A música da Adele é muito legal, os cenários maravilhosos e o ritmo super acelerado. O tipo de filme que vale a pena sair de casa para assistir!

O velhinho comprou o DVD pirata do filme e era daqueles em que o cara gravou o filme dentro do cinema, tudo tremido e mambembe. Raciocina comigo: é um velhinho, tem dinheiro pra gastar, tem tempo de sobra e provavelmente paga meia entrada. O que faz um velhinho comprar o DVD pirata do filme e ainda reclamar da falta de inteligencia dele? É muita canastrice pra minha cabeça! Bjs.


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sábado, novembro 17, 2012

Manias de verão

Entra ano, sai ano, cada estação eu tenho uma mania diferente. Nesse verão, minha mania é tomar sorvete de brigadeiro da Kibon (eu nao gostava desse sorvete mas nesse verão em especifico descobri que gosto) e tomar suco de açaí (disso eu sempre gostei haha).

Entao todos os dias, normalmente, estou tomando suco de açaí ou comprando sorvete de brigadeiro (sempre escolho, ou um ou outro, porque afinal, nao quero virar uma bolinha doce de chocolate misturada com açaí). Lógico que isso é porque ando trabalhando muito. Quando você me vir com balas na bolsa, chocolate na mochila, chiclete na mesa, tenha certeza que estou estressada hahaha...

Outra coisa que descobri nas minhas recentes andancas pela Liberdade - e que é maravilhosamente delicioso - é o "bolo de panqueca" do espaço Kazu (fotinho by me). Nossa, como esse doce é fabuloso, uma criação doce e delicada que mistura frutinhas, creme, crepe e chantilli...parabens ao chef patissier!! ahhhhhh como é bom comer! O ruim é queimar as calorias depois hahahahaha...bjs.

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sexta-feira, novembro 16, 2012

Magic Mike - muita boy magia!

Esses dias tava precisando de um up no astral...e fui ver o filme Magic Mike, que é sobre ....um clube de strip masculino hahahahahaha...oque posso dizer sobre o filme? Foi super divertido visualmente, muito engraçado, ate porque nas cenas mais "exóticas", as mulheres que estavam assistindo riam muito e eu também ri bastante hahaha...=)

Nao tem jeito: as cenas sao tão exageradas que a gente acaba rindo da situação em si. Mulher nao fica exatamente "excitada" vendo essas coisas. Os homens ficam praticamente pelados, fazem poses, dançam e sensualizam com muuuuuuuuuita boy magia. Lógico que os caras sao lindos, sarados e maravilhosos...hahaha mas o roteiro é meio bobo, sobre um stripper que ajuda um cara a começar na profissão. Dai eles mostram os truques do figurino, o dia a dia por trás dos palcos, como é a rotina dos strippers, etc.

No geral, foi um excelente divertimento pra mim, mas nao faria um homem assistir comigo esse filme, a nao ser que fosse gay (alias, estou procurando um amigo gay, se conhecerem alguém legal por favor me indiquem).

Ah isso lembrou um assunto, nesse dia no shopping, tinha um casal de meninas assumidas, que estavam se abraçando e se beijando mas super discretas, sem incomodar ninguem. Sinceramente, eu acho que toda forma de amor é linda, sou a favor de todas as formas de amor, seja heterossexual, homossexual, bissexual ou assexual. Mas uns caras ficaram olhando e incomodando as meninas. Gente, qual é o problema das pessoas, serio? Eu acho que isso nao tem nada a ver! Falta tanto amor no mundo, deixa as pessoas se amarem em paz! Isso é inveja! É falta do que fazer!

Por outro lado, estava assistindo o Magic Mike, e quase no final, escuto a voz de uma criança na sala, chorando. Gente, o filme tinha idade mínima de 16 anos e uma mãe palerma e imbecil entrou e assistiu o filme com uma criança que devia ter uns 4 anos. Isso sim me deixa revoltada, porque afinal, era um filme com homens praticamente...sem roupa!

Eu tenho condições psicológicas e repertorio emocional para trabalhar todos esses elementos na minha cabeça, afinal, sou adulta, assim como 99,9% do publico presente naquela sessão. Porque a mãe besta levou a filhinha pra assistir um filme de strip tease masculino? Tem cabimento uma coisa dessas? Ela nao sabe que isso fica no inconsciente das crianças? Que falta de responsabilidade e vergonha!

Reclamei com o moço do cinemark mas acho que eles nao estão muito atentos ao principio moral dessa questão. Porque duas mulheres nao podem se beijar sem serem incomodadas, mas uma mae pode levar uma criancinha pra assistir filme de homem (quase) pelado? Isso é muita hipocrisia. Bom, de qualquer forma, o filme vale o ingresso pelas belas...hummmm....paisagens...rsrsrsr. Bjs.


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quinta-feira, novembro 15, 2012

Boniteza vem de onde?

Sunalinirana

Esses dias o Sr S falou assim: "Erika, puxa, cada vez que eu te vejo vc está mais bonita!!" hahahahaha e nao foi de sacanagem nem cantada, foi algo sincero mesmo, deu pra sentir que foi elogio sincero. E sabe que eu sinto isso mesmo?

Hoje eu me acho mais bonita do que no comeco do ano, no ano passado, há cinco anos ou dez anos. Hoje eu gosto mais de mim do que antes. Me acho bonita, gosto do que vejo no espelho, me aceito com minhas pequenas imperfeicoes, uso as roupas que gosto e quero usar. O que mudou? Simples, eu mudei! E mudei muito, pra melhor! Mudo todos os dias!

E lógico, o que eu acho que me faz ser uma pessoa mais bonita é que sou feliz, ajudo as pessoas, tenho um bom coração, procuro nao atrapalhar ninguém, procuro ser uma forca positiva para o mundo (lógico que tenho dias de monstrinha, mas afinal, quem nao tem? Peço desculpa a quem me encontra nos dias de ogrinha).

Beleza física nao é nada sem beleza interior. O meu exterior reflete o que sinto por dentro (pelo menos é oque eu procuro fazer). E cada um de nos possui uma beleza única. Nao existe outra Erika Yamauti no mundo. Nao existe outro você no mundo. Somos o melhor que somos! Somos o melhor que podemos ser.

Estou feliz comigo mesma e com o mundo em geral. Isso se reflete na aparência, porque eu nao me estresso (mais) com coisas que nao posso resolver, nem com problemas que nao sao meus. Para sentir-se bonita(o) é muito importante gostar de si mesma(o). E para gostar de si mesmo(a), a receita é uma só: basta se aprovar.

Em primeiro lugar, Você tem que se aprovar, se admirar, se respeitar. Tudo começa com você. Você tem que ser apaixonado(a) por você mesmo(a). Começa por ai! vamos seguir sendo mais e mais bonitos por dentro e por fora, ajudando as pessoas e sendo forças positivas para esse mundo! Bjs!

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quarta-feira, novembro 14, 2012

Totalmente des-culpada

Stutghost
Estava trabalhando num projeto com um cara babão, folgado, chato, impertinente e que se acha a ultima bala do pacote (ainda por cima). Juro que tive muita paciencia com ele, mas resolvi largar o projeto, porque nao vou mais trabalhar em coisas que nao acredito e metodos que nao aprovo. Sinceramente, trabalho nao me falta, sou excelente no que faço, e o motivo para isso é que me dedico de coração. Como dedicar-me de coração em algo que nao acredito? Com uma pessoa que quero distancia?

"Ah erika, vc esta sendo idealista. Você tem empresa, tem que pagar conta, impostos, como vai dispensar projetos?". Pois vou mesmo dispensar esse cliente e nao sinto culpa nenhuma por isso! Ultimamente entendi que nao devo aceitar a critica dos outros, nao devo me criticar e também nao vou assumir culpas que nao sao minhas. O cara é um babaca e nao consegue fazer o projeto dele funcionar. O problema é dele, a culpa nao é minha e nao vou carregar culpa pelos outros.

Essa "vibe" esta sendo muito importante porque eu nao aceito mais as coisas como elas eram antes. A erika de antes ia ficar chorando, pensando mil vezes no projeto, no quanto eu trabalhei, "tadinho do cara", etc etc etc. Eu tentaria salvar, sozinha, o projeto todo. Hoje eu sei que o que é da minha responsabilidade eu cuido. Oque é da responsabilidade dos outros, é dos outros, nao é meu.

Algumas pessoas podem estar achando que ultimamente tenho ficado mais egoísta. Que nada, o problema é que antes era totalmente altruísta, 100% coração, me ferrando pelos outros. A verdade é que nao carrego mais ninguém nas costas. A diferença é que nao faco mais isso. E nao sinto mais culpa por nao ajudar os outros 100%, porque antes eu ajudava e me prejudicava. Tantos meses que dediquei nesse projeto e o bobão fica mandando email falando mal de mim pra M, e falando mal da M pra mim? Puxa, nao ofende a minha inteligência né....

O mais engracado é que ele perguntou assim: "Erika, o que eu fiz pra voce pra vc mudar tanto, me odiar tanto?". E eu respondi: "voce nao fez nada, a vida fez. A vida muda todos os dias! Eu mudei! ". Eu nao odeio esse cara por mais intragável que seja, nem ninguem, porque nao vou carregar peso extra no meu coracao. Porque quando você odeia, você leva a pessoa dentro do seu coração. Socorro, isso eu nao quero pra mim! Prefiro levar uma vida leve e totalmente sem culpas. Bjs!

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